Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

INE:

As saídas de bens aumentaram 10,9% e as entradas de bens diminuíram 7% no trimestre terminado em janeiro de 2012, face ao período homólogo (novembro de 2010/janeiro de 2011), o que determinou um desagravamento do défice da balança comercial no montante de 2 076,7 milhões de euros.
No conjunto do ano de 2011, as saídas e as entradas de bens registaram aumentos de, respetivamente, 15,1% e 1,1% face ao ano anterior. O saldo das transações comerciais de bens com o exterior registou uma melhoria

INE:

As exportações não param de crescer. No trimestre que acabou em Dezembro de 2011 (o INE usa sempre dados trimestrais, porque os dados mensais flutuam muito), as exportações cresceram 12,4% face ao trimestre homólogo. As importações de bens, por seu lado, desceram 10,5%.
Estas duas variações tiveram um efeito fortíssimo no défice comercial de bens. Se no último trimestre de 2010, Portugal importava 5,6 mil milhões de euros a mais do que aquilo que exportava, em 2011 o valor caiu para metade, ficando com um défice de 2,8 mil milhões. A taxa de cobertura está quase nos 80%, sendo o melhor resultado das últimas décadas.

Os valores do INE apenas incluem o comércio de bens, sendo que no comércio de serviços Portugal é superavitário. Há que esperar pelos valores do Banco de Portugal.

INE:

Eu já perdi a conta, mas há dezenas de meses que as exportações têm crescido mais que as importações. O INE diz que isso voltou a acontecer em Novembro passado. As exportações subiram 15,1% e as importações -3,6%. Com isto, Portugal volta a bater um novo record na taxa de cobertura (a quantidade de importações que são compensadas pelas exportações), que chega agora aos 78,6%!

Isto é particularmente impressionante numa altura em que o preço do petróleo (que têm um enorme peso nas importações) em euros está em níveis muito altos.  O INE diz que a taxa de cobertura com países fora da UE é de 141,7% se descontarmos o petróleo.

INE:

 

O comércio internacional continua a ser uma fonte inesgotável de boas notícias. Mais uma vez (já deve ir em mais de 30 meses consecutivos) temos as exportações a crescerem mais que as importações, isto no período fr Maio a Julho face ao ano anterior. As exportações cresceram 14,9% e as importações 0,2%.

Isto implica um desagravamento fortíssimo do défice da balança comercial, de 5280 passámos para 3880 milhões de euros. A taxa de cobertura subiu assim para os 73,9%, algo que já não acontecia há larguíssimos anos.

Se olharmos só para países extracomunitários, e descontarmos os combustíveis (lembremo-nos que Portugal até exporta bastante em produtos derivados do petróleo), a taxa de cobertura é já de 115%.

 

Mais uma vez, e apesar das excelentes notícias, bem podemos ler a imprensa online com atenção que nada encontraremos.

INE:

Dificilmente poderiam ser melhores as notícias do INE sobre o comércio externo. No trimestre terminado em Junho (o INE agrega sempre trimestres para evitar flutuações), as exportações cresceram fortemente, 17,4%, face ao trimestre homólogo. As importações por sua vez, apenas cresceram 1,9%. Isto resultou numa enorme diminuição do défice da balança comercial, em mais de 1300 milhões de euros. A taxa de cobertura está agora nos 71,6%, tendo subindo dos 62,6% de há um ano atrás. Se em Maio, quando a valor estava nos 70,3%, já se estava a bater um recorde de 14 anos, agora a notícia é certamente melhor!

Curiosamente, e apesar da subida do petróleo, até a taxa de cobertura do comércio com países fora da UE cresceu!

 

Vergonhosamente, a nossa imprensa económica pela mão de Mónica Silvares, consegue deturpar das melhores notícias económicas que tivemos nos últimos anos, pintando a coisa de negro. Já mete nojo.

A taxa de cobertura indica a percentagem daquilo que um país importa, que é pago por aquilo que exporta, ou basicamente o rácio entre exportações e importações. No último post referi que esta taxa tinha voltado a subir em Portugal, estando agora nos 70,3% (valor do trimestre* que acabou em Março).

O INE não tem estes dados bem organizados ao longo do tempo, e esperar pela imprensa para fazer as contas é ser ingénuo.

Em 5 minutinhos combina-se estas duas tabelas, e chega-se a uma excelente notícia: desde Julho de 1997 que a taxa de cobertura não estava tão alta. Mesmo recuando até ao início da base de dados, 1993, são muito poucos os meses onde a taxa esteve acima dos 70%.

E isto acontece numa altura em que os produtos petrolíferos (15% das nossas importações) têm registado preços invulgarmente altos.

 


 

 

*O INE usa valores trimestrais, já que os mensais são demasiado voláteis para terem algum significado.

INE:

No 1o trimestre de 2011, as saídas de bens registaram um aumento de 17,0% e as entradas de 8,5% face ao período homólogo do ano anterior. A taxa de cobertura foi de 70,3%, o que corresponde a uma melhoria de 5,1 p.p. face à taxa registada no período homólogo do ano anterior.

Olhando apenas para o comércio com países extra-comunitários, temos exactamente o mesmo resultado: exportações crescem bastante acimadas importações ao ponto de melhorar a taxa de cobertura, mais 2,8pp. Isto é especialmente impressionante, dado a enorme subida no preço do petróleo. Se excluirmos o petróleo, as exportações excedem as importações em 7,1%, uma melhoria de 10,5pp na taxa de cobertura.

INE:

No período de Dezembro de 2010 a Fevereiro de 2011, as saídas de bens registaram face ao período homólogo (Dezembro de 2009 a Fevereiro de 2010) um aumento de 21,7% e as entradas de 13,4%, determinando um desagravamento do défice da balança comercial em 31,0 milhões de euros.

Se excluirmos os produtos petrolíferos (e é bom lembrar que Portugal até exporta produtos petrolíferos refinados), Portugal alcança já um saldo positivo no comércio extra-UE de 213 milhões de euros.

INE:

No período de Novembro de 2010 a Janeiro de 2011, as saídas de bens registaram face ao período homólogo (Novembro de 2009 a Janeiro de 2010) um aumento de 19,0% e as entradas de 12,3% (...).
Em 2010, a saída de bens apresentou um crescimento anual de 15,7% e a entrada de bens de 10,8% face a 2009.

 

Ah,  e a abrandou a queda no sector da Construção.