O PIB nacional voltou a crescer no 3º trimestre, e desta feita a um ritmo superior. No trimestre acabado em julho o crescimento tinha sido de 0,9%, agora foi de 1,1%. Destaque para os sinais contrários na componente interna, os gastos do governo diminuíram 0,1% face há um ano, enquanto o investimento e o consumo privado subiram 1,5% e 2,7% respetivamente. É já o terceiro trimestre consecutivo onde há aumento do investimento em termos homólogos.
O Eurostat fez a colecta dos dados do desemprego dos 28 estados-membros relativos a outubro, e Portugal salta à vista. Entre os países da Zona Euro, teve a maior queda na taxa de desemprego face ao mês homólogo. Foram menos 2,2 pontos percentuais, bem acima dos -0,4pp da média da Zona Euro.
Com esta evolução positiva, Portugal está prestes a sair do Top 5 da UE com mais desemprego, visto ter agora 13,4% de desemprego, enquanto a Itália (que teve um aumento anual de 0,9pp) está perto com 13,2%. O Top 5 continua a ser liderado pela Grécia e Espanha, com 25,9% e 24,0% respectivamente.
No caso do desemprego jovem, a melhoria em Portugal foi ainda mais forte, com -3,8pp na taxa de desemprego, face aos -0,5pp da Zona Euro.
Deveria estar a fazer manchetes, mas não está. O indicador de confiança dos consumidores do INE saiu há pouco, e revela um resultado surpreendente:
O indicador de confiança dos Consumidores aumentou em novembro, atingindo o valor mais elevado desde maio de 2002 e prolongando a acentuada tendência ascendente observada desde o início de 2013.
O INE destaca ainda:
A recuperação do indicador de confiança dos Consumidores 1 no último mês deveu-se ao contributo positivo de todas as componentes, sobretudo das expetativas sobre a evolução da situação económica do país.
As outras componentes ascedentes a que se refere o INE, são indicadores como expectativas sobre a situação financeira da família, desemprego, poupança, etc.
O Eurostat publica hoje os dados dos gastos em Investigação em Desenvolvimento na Europa, comparando os últimos números, de 2013, com os de 2004. O peso da I&D subiu em geral na UE durante este período, tendo subido 0,26 pontos percentuais em termos de peso no PIB. Portugal salta à vista como dos que mais subiu, com uma subida de 0,63pp, ficando apenas atrás da Rep. Checa, Estónia, Áustria e Eslovénia.
Portugal fica assim com 1,36% do PIB dedicado a I&D, acima dos 0,78% da Grécia, 1,24% da Espanha, 1,25% da Itália e 0,48% do Chipre.
O PIB português no fim do terceiro trimestre de 2014 cresceu 1,0% face ao trimestre homólogo. Este valor contraste com os 0,8% da média da Zona Euro. E não se trata de um resultado ocasional. Nos últimos quatro trimestres, Portugal tem tido sempre crescimentos anuais superiores à média.
Acabam de sair os dados do INE do emprego no 3º trimestre de 2014, e dificilmente poderiam ser melhores. Num trimestre apenas (comparando com o 2º trimestre portanto), há mais 50,5 mil pessoas empregadas, e isto é já descontando quem perdeu o emprego entretanto. Esta subida causou um trambolhão na taxa de desemprego, de 13,9% para 13,1%, menos 0,8 pontos percentuais em apenas 3 meses. Em comparação com o trimestre homólogo a queda foi de 2,4 pontos percentuais. É assim a 6 queda trimestral consecutiva da taxa de desemprego.
A queda do desemprego foi particularmente forte nos jovens. Na faixa 15-24 há agora menos 12,9% desempregados do que há um ano, e menos 23,1% na faixa 25-34.