O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga as tábuas completas de mortalidade para Portugal, por sexo e ambos os sexos, para o período de referência 2009 – 2011, no âmbito das quais são disponibilizados os valores da esperança média de vida para 2009 – 2011. Assim, o valor da esperança média de vida à nascença foi estimado em 79,45 anos para ambos os sexos, sendo de 76,43 anos para os homens e de 82,30 anos para as mulheres.
Usando os últimos dados da ONU, Portugal ficaria em 23º lugar a nível mundial no que toca à esperança média de vida das mulheres.
O indicador de clima económico recuperou ligeiramente entre março e maio (...) No mês de referência, os indicadores de confiança da Indústria Transformadora e dos Serviços aumentaram (...). O indicador de confiança dos Consumidores aumentou entre fevereiro e maio, contrariando o movimento descendente observado desde finais de 2009.
Saber que Portugal tem uma taxa máxima de IVA de 23%, enquanto a Espanha tem 18%, é saber muito pouco. Esta informação nada nos diz sobre as outras taxas de IVA que existem, nada nos diz sobre a quantidade de produtos que cai em cada taxa, etc. Se um país tivesse um IVA máximo de 40%, mas que só fosse aplicado sobre latas de sardinhas com aipo, estes 40% seriam totalmente irrelevantes.
Por estas razões o Eurostat calcula as taxas implícitas de IVA, algo como o IVA médio sobre todos os produtos que existem. O último relatório do Eurostat sobre impostos na UE, destaca Portugal exactamente na parte onde se fala de taxas implícitas. Temos o quinto imposto sobre o consumo mais baixo, e o segundo imposto sobre o trabalho (IRS e descontos) mais baixos de toda a Europa. O imposto implícito sobre o consumo em Portugal foi de 17,4% em 2010, abaixo dos 21,3% da média europeia. A Dinamarca teve 31,5%. Sobre o trabalho, em Portugal pagou-se 24,4% (apenas acima de Malta), a média europeia foi de 33,4%, e no Reino Unido foi de 42,6%.
Estes valores tão baixos têm mais uma vez uma conclusão óbvia: o peso do Estado em Portugal no que toca a impostos colectados em % do PIB, é dos mais baixos de toda a Europa. O Estado português cobrou 31,5% do PIB em impostos, a média europeia foi de 38,4%, e na Dinamarca foi de 47,6%.
Adenda:
Pode-se achar que o meu exemplo dos 40% sobre sardinhas com aipo é disparatada... mas é exactamente esse tipo de análise que faz o Diário Económico quando escreve Portugal cobra impostos acima da média europeia
Em Março a produção industrial cresceu 2,3% em Portugal face a Fevereiro, contrariando a tendência de queda europeia, que teve -0,4% no mesmo período. Março é assim já o terceiro mês consecutivo em que a indústria portuguesa tem um comportamento acima da média.
Em termos anuais continua a haver uma diminuição, mas menor que a diminuição na Grécia, Itália e Espanha.
O número de passageiros aéreos em 2010 foi 776 milhões na UE, um aumento de 3,4% face a 2009. Portugal foi dos países que mais cresceu na Europa, passando para quase 26 milhões, um aumento de 6,8% - isto é o dobro da média europeia.
Com este número de passageiros Portugal fica à frente da Bélgica, República Checa, Dinamarca, Irlanda, Áustria, Polónia, Finlândia, etc. Se compararmos com a população do país, Portugal ultrapassa mesmo França e Itália, dois gigantes do turismo a nível mundial.
O aeroporto da Portela teve também um aumento acima da média, com +5,9%, ficando à frente de Hamburgo, Helsínquia, Praga, Varsóvia, Budapeste, etc.
Há precisamente um ano escrevi aqui que a taxa de cobertura (% das importações coberta pelas importações) alcançava o melhor valor do século, e um dos melhores de sempre, com 70,3%. Esse valor hoje parece ridículo, depois de as exportações terem dado um novo pulo subindo 11,6% (primeiro trimestre de 2012 face ao de 2011), e de as importações terem recuado 3,3%. A taxa de cobertura, no mercado dos bens, está agora nuns surpreendentes 81,0% - o melhor valor de sempre registado pelo INE.
As exportações têm crescido especialmente para países extra-comunitário, para onde houve um aumento de 32,4%, contra apenas +3,6% para a Europa.
Destaque para o sector da maquinaria, onde as exportações cresceram 26,3%.