As exportações não param de crescer. No trimestre que acabou em Dezembro de 2011 (o INE usa sempre dados trimestrais, porque os dados mensais flutuam muito), as exportações cresceram 12,4% face ao trimestre homólogo. As importações de bens, por seu lado, desceram 10,5%. Estas duas variações tiveram um efeito fortíssimo no défice comercial de bens. Se no último trimestre de 2010, Portugal importava 5,6 mil milhões de euros a mais do que aquilo que exportava, em 2011 o valor caiu para metade, ficando com um défice de 2,8 mil milhões. A taxa de cobertura está quase nos 80%, sendo o melhor resultado das últimas décadas.
Os valores do INE apenas incluem o comércio de bens, sendo que no comércio de serviços Portugal é superavitário. Há que esperar pelos valores do Banco de Portugal.
Em 2010, 20,1% dos gregos, 20,7% dos espanhóis, a Irlanda ainda nao tem dados para 2010 mas os de 2009 eram piores que os portugueses, etc. (para não entrar com países mais pobres) estavam abaixo linha de risco de pobreza. Este valor foi de 17,9% em Portugal, o que nos coloca perto da média europeia, 16,4%.
O Eurostat faz ainda outro índice, onde junta vários critérios. Junta todas as pessoas que estão em risco de probreza, e/ou com carências materiais e/ou pessoas com menos de 60 anos que vivam em famílias onde quase não há emprego. Na Grécia chega a 27,7%, na Espanha a 25,5%, na Irlanda era 25,7% em 2009 (e provavelmente terá seguido a tendência europeia de agravamento em 2010), mas em Portugal este valor ficou nos 25,3%, mais perto da média europeia com 23,4%. Para comparação, na Bulgária 41,6% das pessoas caíram numa destas 3 categorias de pobreza, enquanto na Suécia foram apenas 15%.
Outro dado curioso, é que há apenas 7 países na Europa onde as famílias têm mais capacidade para lidar com grandes desespesas inesperadas*. Na Finlândia, na França, na Alemanha, na Inglaterra, na Espanha, etc. são mais as famílias que vivem no limiar dos seus rendimentos, do que em Portugal.
Os números do Instituto Europeu de Patentes são claros: Portugal foi dos países que mais subiu em inovação, tendo feito 162 pedidos de patentes, uma subida de 17,4% face a 2010. A Espanha aumentou 0,9%, a Itália 0,4% e a Grécia estagnou (com 130 pedidos, bem abaixo do valor português). No total houve um aumento de apenas 2,6%, colocando Portugal no segundo lugar a nível da UE.