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fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

Eurostat:

As estatísticas da criminalidade são muitas vezes consideradas pouco fiáveis porque nem todos os crimes são declarados à polícia. Isto é especialmente verdade nos pequenos roubos e na violência doméstica, por exemplo. Contudo há dois tipos de dados, que eu diria que não têm este problema. Um são as taxas de vitimização, onde são feitos inquéritos aleatórios às pessoas que são perguntadas se sofreram algum tipo de crime, independentemente de o terem declarado ou não. O outro tipo, são os números dos homicídios, porque custa a crer que haja muitos homicídios que não sejam declarados às autoridades. Sobre os primeiros eu já mostrei estatísticas neste post*, hoje há dados do Eurostat sobre os segundos.

 

Se não contarmos com La Valletta, a pequeníssima capital de Malta com apenas 6000 habitantes e onde não houve homicídios nos últimos três anos, Lisboa fica em segundo lugar nas capitas da UE com menos homicídios por habitante. Lisboa teve 0,64 homicídios por cada 100 mil habitantes nos anos 2006 a 2008, apenas atrás de Liubliana. Bruxelas teve 3,20, Londres 2,17, Oslo 1,76, Helsínquia 2,01, Amesterdão 3,14, etc.

 

Voltarei a este relatório que tem vários dados positivos sobre Portugal.

Eurostat:

O Eurostat divulgou os preços médios pagos pelos clientes no primeiro semestre de 2010. No caso da electricidade vendida às indústrias, Portugal teve o terceiro preço mais baixo de toda a Zona Euro, com 9,35€ contra 10,72€ por 100kWh, quase um euro e meio de diferença. Por comparação a indústria espanhola pagava 11,67€.

Mas não são só os clientes industriais nacionais a pagar um preço abaixo da média, o mesmo acontece com os agregados familiares. O preço da electricidade doméstica em Portugal foi 15,84€ por 100kWh contra uma média de 17, 65€, ou seja 1,81€ abaixo da média.

 

Ah, e nem reparei. O gás natural para a indústria, é o mais barato de toda a Zona Euro.

Eurostat:

Todos sabemos que Portugal tem uma elevada percentagem de energia eléctrica proveniente de fontes renováveis. Mas não é disso que este relatório trata. Ele fala das fontes renováveis no consumo final bruto de energia, ou seja contando com todos os consumos energéticos possíveis. Um acrescento importante nesta análise total é o sector dos transportes, por exemplo.

Em Portugal 23% do consumo final de energia provem de fontes renováveis, mais do dobro da média europeia que pouco passa dos 10%. À frente de Portugal, vêm apenas a Suécia, Finlândia, Áustria e Letónia.

Eurostat:

A inflação média* em Portugal em Outubro foi de 0,9%, enquanto a média da UE se ficava pelos 1,9%. Houve apenas três países com inflações superiores.

A inflação homóloga foi mais alta, cerca de 2,3% que igualou a média europeia.

 

 

 

* Índice de Preços ao Consumidor medida pelo HICP, que é a medida calculada pelo INE e homologada pelo Eurostat para todos os países Europeus, e que é a medida que o Eurostat sempre usou. Tenho visto por aí algumas confusões.

Eurostat:

Apesar do "senso comum" (cronicamente caracterizado por falta de senso) estar convencido que o Estado português tem um peso na economia maior que a média, os últimos dados do Eurostat voltam a provar o contrário. Em 2006, 2007, 2008 e 2009 (os anos que estão no relatórios, mas o mesmo se aplica aos anos anteriores) a receita fiscal do Estado português foi de 40,5%, 40,9%, 40,6% e 38,8% do PIB. Estes valores estão claramente abaixo da média europeia que foi de 44,8%, 44,8%, 44,6% e 44,0%, e isto para nem falar da média do Zona Euro que é ainda maior.

Mas não se pense que esta diferença acontece apenas quando se olha para a receita. Até poderia acontecer que a despesa estivesse acima da média, já que Portugal tem tido défices orçamentais maiores. Mas não, a despesa está também ela abaixo da média, cvom 44,5%, 43,8%, 43,6% e 48,2% contra 46,3%, 45,6%, 46,9%, e 50,8%.

Eurostat:

Apesar de toda a turbulência que tem envolvido os mercados e os PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e eSpanha), Portugal teve no terceiro trimestre o mesmo crescimento trimestral que a média da União Europeia, 0,4%.

Se compararmos os crescimentos homólogos concluímos que Portugal teve o melhor crescimento do PIB entre os 5 PIIGS, não só no trimestre que passou, mas em todos os 5 últimos trimestres. É preciso recuar à Primavera de 2009 para encontrarmos um trimestre em que a Grécia (e apenas a Grécia) cresceu mais que Portugal.

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