Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio
Segundo o Público (o relatório ainda não está online) "no ano passado, 17.082 doentes estavam em lista de espera há mais de doze meses, menos 16 por cento que em 2008 (20.400). Entre 2005 e 2009, este número reduziu 81 por cento".
A mediana do tempo de espera por uma cirurgia caiu 8,1% só de 2008 para 2009, de 3,7 para 2,4 meses.
Curioso ainda notar que os doentes do Alentejo esperam metade (em termos da mediana) que os doentes da região de Lisboa.
O Eurostat divuldou os números das pescas de 2005 a 2008 na UE.
A tonelagem teve alguns altos e baixos, mas foi em 2008 praticamente igual a 2005 a nível europeu com um aumento de 1,6%. Portugal destaca-se neste aspecto tendo tido um aumento constante e enorme, de 76% no mesmo período.
Mas não é só em peso, mas no valor comercial da pesca, que a indústria pesqueira nacional teve um comportamento extraordinário. Na UE este valor subiu 14% mas em Portugal mais que duplicou, subindo 102%! Como se pode imaginar, este foi o maior crescimento entre todos os países europeus neste período.
O relatório do Eurostat sobre as contas públicas de cada país europeu, diz-nos que Portugal teve em 2009 uma dívida pública de 76,8% do PIB, ficando assim abaixo da média da Zona Euro que ficou nos 78,7%.
No EuroBarómetro sobre atitudes face ao álcool, é perguntado às pessoas se consumiu alcóol nos últimos 12 meses. Em Portugal há 42% que respondem que não, colocando o país em primeiro lugar. A média da UE é de 24%.
Quando se pergunta a quem bebe, qual é a quantidade diária, os portugueses também respondem quantidades mais pequenas.: 81% diz apenas 1 ou 2 bebidas, enquanto a média europeia é de 69%.
P.S. alguma imprensa tonta que não sabe ler relatórios, anda para aí a dizer o contário. Como sempre, eu deixei o link da minha fonte. Convido todos a darem uma olhada
Enquanto o setor da construção se afundava na Europa, uma queda de 2,9% num só mês de Janeiro para Fevereiro, em Portugal houve um aumento de 1,4%. Segundo o Eurostat apenas a Hungria teve um comportamento.
O destaque não se fica pela variação mensal. Se compararmos com o ano anterior, Portugal desce 8,3% mas a Zona Euro cai 15,2%.
O que me faz escrever blog é a noção deturpada que temos e que recebemos da realidade. A má notícia merece manchetes, a boa merece desconfiança. Começo aqui uma série de posts que mostram o porquê deste blog, a propósito do EuroBarómetro que referi no post anterior.
Os portugueses estão convencidos que há uma alta probabibilidade de acontecimento de erros nos hospitais. Em todas as cinco categorias de erros hospitalares (infeções, diagnóstico errado ou tardio, problemas na medicamentação, error cirúrgicos e problemas no equipamento) os portugueses consideram-nos bem mais prováveis do que a média europeia. Mas quando se pergunta se ocorreu realmente um problema, afinal os portugueses são os segundos que se queixam menos de problemas reais, entre os 27 países da UE. Curiosamente o estudo procura também saber de onde vem esta perceção dos erros, perguntado em que fonte se baseiam as respostas. Os portugueses são os que se baseiam MENOS, de todos os 27 países, em experiência pessoais e estatísticas oficiais, baseando-se bem mais do que a média no que vêem na TV. Por fim quando perguntados se o sistema de saúde é melhor do que nos outros países da UE, apenas 3% estão convencidos de sim. Apenas os Hungaros e os Búlgaros estão mais pessimistas.
A Comissão Europeia publicou um Eurobarómetro sobre cuidados de saúde.
Quando se pergunta aos europeus se já tiveram uma má experiência num hospital (como infeções hospitalares, error cirúrgicos, etc.) os hospitais portugueses aparecem no segundo melhor lugar na lista. Apenas 13% dos pacientes se queixa de tal ter acontecido, sendo que apenas os austríacos se queixam menos. A média europeia é o dobro da nacional, 26%.
Segundo estes dados da OCDE, os jovens portugueses têm cerca do dobro da probabilidade de estarem desempregados em comparação com o resto da população. Contudo, no grupo de 21 países analizados, apenas os jovens alemães estão em melhor situação. Em média, os jovens têm uma probabilidade (quase) três vezes maior de estarem desempregados.
Segundo o Eurostat, no seu relatório referente à produção industrial em Fevereiro, a indústria portuguesa teve a terceira maior aceleração face a Janeiro. Isto aconteceu enquanto a média abrandou, e levou a que Portugal teve um crescimento na produção industrial acima da média.
Segundo o INE, no trimestre Dezembro 2009 - Fevereiro 2010, as exportações portuguesas para países da União Europeia tiveram um forte aumento de 10,3% face ao período homólogo. No mesmo período as importações desceram ligeiramente, cerca de 0,5%. Graças a esta variação favorável, a taxa de cobertura (fração das importações que é compensada pelas exportações) passou de 56% para 62% no referido período.