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fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

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Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

Parece impossível mas as empresas portuguesas estão exactamente na média europeia dos três indicadores mais importantes do relatório de hoje da Eurostat (dados de 2008) sobre as empresas e o uso da Internet. 93% tem acesso à internet, 82% têm acesso de banda larga, e 12% do turnover vem do comércio electrónico.

As empresas portuguesas ficam assim à frente das irlandesas, gregas, inglesas, etc. no acesso à internet. No comércio electrónico ultrapassam as gregas, espanholas, àustriacas, etc.

De salientar que apenas 4 anos antes (os dados mais antigos que existem para a média europeia) as empresas portuguesas estavam 11 pontos percentuais abaixo da média.

Segundo o Eurostat a produção do sector de construção cresceu 4,1% em Novembro face ao mês anteior, contrariando a tendência europeia de queda (-1,1%). Melhor que Portugal esteve apenas a Eslováquia.

E este não é um acaso esporádico mensal. O comportamento da construção portuguesa está numa situação bem melhor que as suas congéneres europeias mesmo quando comparamos períodos maiores. Comparando Nov09 com Nov08 houve uma quebra em Portugal (-5,4%) que fica longe dos -8% e -6,7% da Zona Euro e da UE27. Comparando os terceiros trimestres temos -4,9% contra -9,3% e -8,8% respectivamente.

Segundo os dados do IEFP de Dezembro, o número de mulheres e de jovens desempregados desceu em Dezembro último desceu face a Novembro. A queda foi especialmente forte entre os menores de 25, havendo uma redução de 4,6% nos número de inscritos no IEFP.

No seu total o número de desempregados quase não aumentou (+0,2%), um abrandamento que já vem desde Setembro.

 

Ainda dos dados sobre pobreza, o Euostat faz o levantamento de quantas pessoas não têm acesso a uma boa refeição pelo menos dia sim dia não. Neste ponto, há apenas sete países na UE onde há menos pessoas a não ter acesso a uma boa refeição frequentemente. Portugal fica assim à frente da Alemanha, França, Itália, Áustria, etc.

O valor português é de 4%, a média europeia é de 9%, estando a Bulgária na pior situação com 30%.

 

Os últimos dados do Eurostat sobre o risco de pobreza na Europa afirmam que os valores portugueses são melhores que os ingleses, espanhois, gregos e italianos. Estão aliás apenas ligeiramente acima da média europeia, 18% contra 17%, e bem longe dos 26% da Letónia.

O risco de pobreza nos idosos em Portugal fica ainda abaixo do da Finlândia, Reino Unido , Espanha, etc.

Em termos de evolução, os risco caiu em Portugal 1pp nos últimos quatro anos (anos para os quais há dados completos), contrariando a tendência europeia que se agravou 1pp.

Ainda a propósito do relatório do Eurostat do post anterior, temos uma comparação entre o salário bruto entre os países europeus consoante o grau de educação em 2006.

Quando comparamos os salários dos trabalhadores com educação superior, vemos que os portugueses não só ficam obviamente à frente de todos os países mais pobres da UE27, como ultrapassam os malteses, os checos, os eslovenos, os gregos e até os espanhóis, ficando assim a meio da tabela de toda a UE27.

Portugal é ainda dos países onde o salário depende mais da educação, sendo assim dos países europeus onde mais compensa estudar. Este facto não se comprova só através da comparançaõ dos salários médios consoante a educação, mas olhando para a probabilidade de se ter um salário baixo (abaixo de 2/3 da mediana). Os licenciados portugueses são os terceiros com menor probabilidade de vir auferir um salário baixo, entre os 27.

O Eurostat publicou um relatório com vários dados sobre a distribuição dos salários nos países europeus. O unadjusted Gender Pay Gap dá a diferença entre o salário médio por hora entre homens e mulheres.

Embora as mulheres portugueses ganhem menos que os homens, esta diferença é de apenas 8%, o terceiro valor mais baixo na UE, cujo valor médio é 18%. Na Espanha este valor é de 17%.

O Eurostat publicou as suas projecções demográficas para 2030, com especial relevo para a questão do envelhecimento populacional. O estudo afirma que apesar de Portugal ter neste momento uma fracção de pessoas idosas acima da média (17,8% contra 17,4%), esta tendência vai inverter-se passando Portugal a estar abaixo da média em 2030 (23,3% contra 23,6%).

Em termos de número de idosos por cada pessoa em idade laboral, Portugal (que está neste momento melhor que a média) vai afastar-se da média, estando em 2030 nos 36,6 contra 38,0.

No meio de tantos problemas de desemprego por essa Europa fora, o Eurostat diz hoje que os jovens portugueses tem notícias menos más. Enquanto a média europeia do desemprego jovem está nos 21,4% em Novembro, este valor é de 18,8% em Portugal.

Mais, os jovens em Portugal não têm sofrido muito com a crise, já que o valor europeu cresceu 2,8pp em relação ao ano passado, acima dos 1,2pp portugueses.

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