Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio
O último relatório da Eurostat sobre as contas do Estado, contraria mais uma vez uma visão errada que existe por aí que diz que o Estado português tem um peso acima da média da economia.
Tanto do lado das receitas como das despesas (a nossa posição relativa não depende portanto do nível do défice) os valores para Portugal em % do PIB estão abaixo da média comunitária nos dados já apurados de 2009 e nos dados de 2008.
Segundo o Eurostat o PIB português teve no terceiro trimestre o terceiro melhor comportamento em toda a União Europeia, face ao ano anterior, apenas ultrapassado com a Grécia e a Polónia.
Portugal decresceu 2,4% o que contrasta com a média de -4,3%.
De notar que todos os países da Zona Euro tiveram um decréscimo do PIB no período em causa.
Em termos timestrais, e como o INE já tinha indicado, o PIB português cresceu 0,9%, contra uma média de 0,3%.
Segundo o Eurostat, o comércio a retalho a português teve um aumento de 1,7% em Outubro, face ao mês, tendo sido o maior aumento de toda a Zona Euro (que estagnou).
Mesmo em termos anuais, existe uma diferença assinalável. Enquanto Portugal decresce 0,8%, a Zona Euro decresce mais do dobro, 1,9%.
Segundo o Eurostat, os jovens portugueses continuam a ter uma situação privilegiada em termos de desemprego no contexto europeu. A taxa de desemprego entre jovens em Portugal está 1,8 pontos percentuais abaixo da média europeia, e é menos de metade da taxa de desemprego espanhola (18,9% contra 42,9%).