Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio
Segundo a SIBS (via Público) os movimentos no Multibanco e nos terminais de pagamento nas lojas foi este Dezembo (até dia 26) de 4708 milhões de euros. Isto representa um aumento de 7% face aos 4408 milhões do ano passado.
De recordar que a taxa de inflação (medida pelo IPC) está negativa, o que implica que em termos reais este aumento seja superior a 7%, rondando assim os 8%.
Segundo o Eurostat, quase todos os países europeus dão como uma mão e tiram com outra no que toca a benefícios sociais. Alguns subsídios recebidos são depois taxados ou "re-cobrados" pelo estado. Portugal cobra neste campo menos que a média europeia.
Com estes dados é possível calcular os benefícios sociais líquidos, ou seja os realmente recebidos, em percentagem do PIB. Portugal dá 23% líquidos do PIB em apoios sociais, ficando assim em 8º lugar no país mais solidários entre os 27.
Segundo o IEFP, o número de desempregados inscritos desceu 3,5% em Novembro face ao mês anterior no Alentejo. Desceu ainda o número de mulheres e de jovens desempregados. Isto apesar de tipicamente Novembro ser um mau mês em termos de desemprego.
As ofertas de emprego também continuam em alta, havendo mais 20,7% face ao mês homólogo.
Segundo o Eurostat, o preço final da electricidade em Portugal continua a ser mais baixo que a média europeia. O preço para as famílias é 9% abaixo da média comunitária, e 14% abaixo da Zona Euro.
Para a indústria a diferença é maior: menos 15% e menos 18% que a UE27 e a Zona Euro.
De notar ainda que Portugal tem a electricidade mais barata que a Espanha, com especial destaque para a indústria onde é 23% mais barata.
O Eurostat publica hoje um relatório sobre o rendimento por cada agricultor nos vários países europeus. 2009 foi um ano mau para a agricultora na europa, tendo o rendimento descido -12,2% face ao ano anterior. Portugal sai contudo bem na fotografia, com uma evolução que embora negativa está muito acima da média: -2,9%.
O relatório compara ainda 2009 com 2005. De então para cá, o rendimento caiu 5,6% na UE15, cai 1,7% na UE27, mas sobe em Portugal 0,7%.
Embora o PIB não seja uma medida de bem-estar, muitas vezes ele é tomado como tal. O Eurostat tem uma medida, que embora não seja também de bem-estar, estará mais perto disso: Actual Individual Consumption (AIC).
Uma desvantagem do PIB quando falamos de bem-estar é contabilizar produção que não reverte para os cidadãos, como os lucros de uma empresa estrangeira a funcionar em Portugal, gastos do Estado que não revertem para os cidadãos etc.
Se pegarmos então num estudo recente do Eurostat, onde consta a medida do (AIC) que engloba consumo de todos os bens e serviços, inclusivé serviços prestados pelo Estado como cuidados de saúde, Portugal salta 3 lugares no ranking europeu ficando em 16º a nível europeu. Enquanto o PIB per capita é 76% da média, o AIC é 82% da média. De notar ainda que o AIC subiu no último ano de 80 para 82%.
No estudo do Eurostat sobre o PIB per capita em paridade de poder de compra dos estados membros em 2008, diz que Portugal se aproximou da média da Zona Euro. O valor de Portugal face à média dos 27 está estável pelo terceiro ano consecutivo, enquanto a média da Zona Euro recuou em 1pp de 2007 para 2008.
No relatório do Eurostat sobre os custos do trabalho, ficamos a saber que o salário médio por hora em Portugal subiu bem mais que a média europeia no terceiro trimestre de 2009 (face ao anterior). Esta subida foi de 5%, aicma dos 2,9% da média europeia.
Os custos do trabalho não-salariais (impostos, etc.) subiram ao ḿesmo nível que a média, 3,6%.
No dia em que o INE confirma que o PIB cresceu no terceiro trimestre do ano, e cresceu mais do que já tinha crescido no segundo, e que o investimento e o consumo travaram a sua queda, há outro relatório que aponta para mais boas notícias do comércio externo: as exportações voltaram a ter um comportamento melhor que as importações, tanto para a UE como para o resto do mundo.
De 6099 milhões de défice comercial de Agosto a Outubro do ano passado, passou-se a uma situação de somente 4756 milhões.
O movimento de passageiros nos transportes nacionais cresceu em 2008 3,5% segundo o Eurostat. A média europeia ficou bem mais baixa nos 0,6%. E esta supremacia deu-se em todos os sectores, vôos nacionais, inter-EU e extra-EU.
De sublinhar que os principais concorrentes de Portugal em termos de Turismo (Espanha, Itália e Grécia) tiveram todos quedas no número de passageiros.