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fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

INE:

O PIB nacional voltou a crescer no 3º trimestre, e desta feita a um ritmo superior. No trimestre acabado em julho o crescimento tinha sido de 0,9%, agora foi de 1,1%. Destaque para os sinais contrários na componente interna, os gastos do governo diminuíram 0,1% face há um ano, enquanto o investimento e o consumo privado subiram 1,5% e 2,7% respetivamente. É já o terceiro trimestre consecutivo onde há aumento do investimento em termos homólogos.

INE e Eurostat:

O PIB português cresceu (em volume) 1,1% do 1º para o 2º trimestre de 2013, tendo sido este o valor mais alto em toda a UE. Dinamarca, Alemanha e Finlândia cresceram todas 0,7%,  o segundo valor mais alto, sendo que a média europeia foi apenas de 0,3%.

E há mais dados interessantes. Nesta série de estimativas rápidas do INE que começa no 1º trimestre de 2005 (ou seja 34 trimestres), não há nenhum trimestre onde tenha havido um comportamento melhor que este.

Eurostat:

Quem segue o Fado Positivo sabe que umas das razões da sua existência foi aldrabice que alguém proferiu e que os blogs e a imprensa (inclusivé RTP) repetiram até à exaustão. Dizia alguém que o Norte de Portugal era a região mais pobre da Europa.

Sim, o Norte é pobre, mas a ideia de ser a zona mais pobre da Europa, ou mesmo da UE, está bem longe da realidade. Os últimos dados da riqueza produzida anualmente em cada região, foram hoje divulgados pelo Eurostat, e voltam a mostrar isto. O Norte tem tem um PIB per capita (em PPS) que é 65% da média europeia, sensivelmente um terço abaixo da média. Os coitados dos habitantes de Severozapaden, uma região búlgara, têm um PIB que não é um terço, nem sequer dois terços abaixo da média. É três quartos abaixo, apenas 26% da média europeia.

Comparando com um habitante desta área, um Nortenho tem uma riqueza anual que está entre o dobro e o triplo. Acha que faz sequer sentido a comparação?

Eurostat

Uma das razões que me levaram a criar esse blog foi um disparate dito por alguém que a imprensa repetiu acriticamente até à exaustão. Dizia esse iluminado que Trás-os-Montes seria a região mais pobre da Europa. Já mostrei algumas vezes o quão disparatado isto era.

Saíram hoje os últimos dados do PIB per capita (em paridades de poder de compra) nas várias regiões da UE, e infelizmente para a nossa imprensa negativista ainda não é desta que nos tornámos nos mais pobrezinhos da Europa. A região Norte, a região mais pobre em Portugal, produz 130% mais riqueza que a região mais pobre da Europa, Severozapaden na Bulgária. Mais do dobro da riqueza por pessoa. Sim, ainda só são os dados das regiões grandes, e não das sub-regiões, mas nos anos anteriores não fazia diferença fazer as comparações com umas ou com outras.
Portugal continua com duas regiões acima da média comunitária: Lisboa e Madeira.

 

Eurostat:

O PIB português contrariou o forte abrandamento que se deu na economia europeia no segundo trimestre de 2011 face ao primeiro. Enquanto a Zona Euro travava 0,6 pontos percentuais, e a UE27 travava 0,5pp, Portugal teve uma variação do PIB que foi 0,6pp acima da anterior. Esta aceleração foi a terceira maior na UE, apenas ultrapassada pela Dinamarca e a Letónia.

Eurostat:

Isto não é exactamente uma boa notícia, apenas mais um chamar de atenção para as enormidades negativas que se dizem e escrevem por aí, que se repetem e propagam e que muita carneirada acredita.

O Eurostat acabou de lançar os últimos dados sobre o riqueza produzida a nível regional na UE em 2008, falo do PIB per capita em paridades de poder de compra.

A região de Severozapaden que tem 28% da média europeia. O relatório faz o TOP 20 que encerra com uma região polaca com 45%. Ora a região Norte tem 62%, de modo que nem nas 50 piores deve estar.

INE:

O PIB per capita de Grande Lisboa foi 131% do valor médio da União Europeia em 2009, enquanto na Madeira esteve 5% acima.

Outro dado interessante, vem da comparação do PIB per capita nacional com a média da UE a 15. Desde 1995, quando Portugal estava 29% abaixo da média, que Portugal só divergiu num ano, em 2004. Em 2009, Portugal está apenas 23% abaixo da média.

 

Aproveito para relembrar um dos primeiros posts do blogue, quando correu pelos media e pela blogoesfera uma notícia vergonhosamente mentirosa que afirmava Trás-os-Montes era a região mais podre da Europa: Região mais pobre de Portugal é 150% mais rica que a região mais pobre da UE.

Eurostat:

O Eurostat publica o AIC, Actual Individual Consumption, que segundo o Eurostat é um indicador muito melhor para aferir o nível de vida das famílias em vários países. Por exemplo, os lucros de uma empresa estrangeira em Portugal contam para o PIB português mas é dinheiro que sai do país. Outro exemplo, este do Eurostat e que mostra que o AIC é melhor que o simples nível de consumo, é o consumo de cuidados de saúde. Nos países onde a saúde é paga pelos cidadãos, esta aparece como consumo das famílias, mas nos países onde a saúde é paga pelo Estado, ela não conta como consumo.

O AIC português mostra o que PIB per capita (em paridades de poder de compra) esconde em termos de nível de vida. Enquanto, o segundo é 80% da média, o primeiro é 84%. E o mesmo se aplica a comparações com outros países. A Eslovénia e República Checa têm PIBs maiores que o nosso, mas o seu AIC está abaixo do português, no caso checo o AIC é de 73% da média, 11 pontos abaixo do nosso!

Comparando Portugal com a Irlanda, a diferença de 47 pontos percentuais para apenas 18pp! Com a Espanha de 23pp para apenas 14pp, com Itália de 24pp para 17pp, etc.