Portugal volta a subir para um honroso 12º lugar no ranking dos países com maior liberdade de imprensa no mundo. No mais famoso ranking, elaborado pelos Repórteres Sem Fronteiras, ficam atrás de Portugal países como Alemanha, Áustria, Luxemburgo, Canadá, Austrália, França, Inglaterra, etc.
Ricardo Paes Mamede escreve hoje sobre a perceção negativa errada que temos do Estado português, algumas vezes baseadas em acontecimentos isolados, e muitas vezes indo até contra a nossa experiência objetiva. Alguns excertos:
Parte das nossas percepções sobre o funcionamento do Estado decorre também do que é difundido pelos meios de comunicação social e nas redes sociais. Se alguma coisa correr muito mal, isso é mais facilmente motivo de notícia ou de conversa do que tudo o que corre bem no dia-a-dia. Por cada pessoa que morre num hospital por negligência, há centenas de milhares de pacientes que receberam o tratamento adequado e milhares de vidas que foram salvas - mas só a primeira será notícia.
(...) todos os anos o Fórum Económico Mundial publica um relatório sobre várias dimensões relevantes para a competitividade dos países. O relatório cruza informação de várias fontes, tentando reduzir a subjectividade resultante de impressões casuísticas. Há vários anos que esta publicação diz o mesmo sobre Portugal: o nosso país tem um desempenho sistematicamente superior a todos os outros países comparáveis no que respeita ao funcionamento das instituições públicas.
Comparado com os restantes países do sul da UE (Espanha, Itália, Grécia) ou dos países da Europa de Leste, o retrato que emerge de Portugal é muito mais benigno em indicadores relacionados com ética, corrupção, subornos e desvio de fundos, confiança nos políticos, independência do sistema de justiça, favorecimento de interesses particulares pelos decisores políticos, eficiência da despesa pública, entre outros. Nestes indicadores o desempenho português está mais próximo de França, Alemanha ou EUA - nações com economias muito mais avançadas - do que de países com níveis de desenvolvimento comparáveis ao nosso.
(...) os apoios às empresas financiados pelos fundos europeus em Portugal têm cumprido todos os principais objectivos a que se propõem - aumentar o investimento, a competitividade, a inovação, a internacionalização e a qualificação dos trabalhadores. Estas conclusões, apesar de robustas, contrastam com a percepção generalizada sobre a má utilização dos fundos europeus em Portugal.
A conceituada organização Freedom House, organização focada nos direitos humanos e democracia, publicou ontem o seu relatório sobre liberdade de imprensa no mundo. Relativo a 2013, Portugal ficou colocado em 22º lugar a nível mundial. Se descontarmos micro-países, como o Palau, as Ilhas Marshall e o Liechtenstein, Portugal fica em 14º lugar.Abaixo ficam países como o Canadá, os EUA, a França, a Áustria, a Inglaterra, etc.
O índice dos RSF é provavelmente o mais famoso índice de liberdade de imprensa, publicado há largos anos. No ranking de 2013 (relativo a 2012), Portugal volta a subir algumas posições, sendo agora o 28º país do mundo que mais respeita a liberdade de imprensa. Para trás ficam o Reino Unido, os Estados Unidos, a Espanha, a França, o Japão, a Itália e muitos outros países da OCDE.
Acabou de sair o relatório dos Repórteres sem Fronteiras sobre liberdade de imprensa no mundo em 2011. Portugal saltou 7 posições, tendo subido para a 33ª posição. Para trás ficam França (38º), Espanha (39º), Coreia do Sul (44º), Estados Unidos (47º), Itália (61º), Grécia (70º), etc.