Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

Eurostat

Os dados ainda são provisórios (o Eurostat é muito cuidadoso), mas são oficiais. Portugal voltou a ter um peso do estado, gastos públicos em percentagem do PIB, abaixo da média europeia. Apesar da crise, de o PIB ter caído e de haver um aumento com os gastos sociais, em Portugal foi de 48,9% enquanto a média europeia ficou nos 49,1%.

O défice orçamental português também foi melhor que a média, -4,2% contra -4,5%.

OCDE:

 

É sabido que a taxa de pobreza em Portugal é bastante alta se contarmos apenas os rendimentos, mas o Estado desempenha posteriormente um papel muito importante na redistribuição. O primeiro valor é de pouco interesse, porque para a vida das pessoas o que conta é o que têm depois de pagos os impostos e recebidos os subsídios e abonos. Portugal acaba por sair melhor na fotografia quando olhamos para esses números finais.

A OCDE foi agora mais longe, e contabilizou os serviços que são oferecidos gratuitamente pelo Estado. Porque uma coisa é ser pobre e ainda ter que pagar saúde e educação, e outra coisa é ser pobre mas contar com o Estado para isso.

O gráfico abaixo mostra exactamente o que acontece quanto contabilizamos este serviços que usufruímos. A taxa de pobreza em Portugal cai fortemente, para 5,8%, colocando-nos na média dos países ricos. E enquanto na média da OCDE, estes serviços reduzem apenas a taxa de pobreza em 4,7 pontos percentuais, em Portugal este valor é de 6,9pp, um dos mais altos entre os países ricos.