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fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

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Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

OCDE:

Com umas semanas da atraso, aqui fica um resumo das boas notícias que a OCDE deixa sobre Portugal no seu Education at a Glance: OECD Indicators 2015.

  • Portugal teve o maior aumento intergeracional do nível de educação entre todos os países desenvolvidos (membros da OCDE).
    The increase in educational attainment between the generations in Portugal is the highest across OECD countries. Among those aged 55 to 64, only 23% attained at least upper secondary education but the rate jumps to 65% among 25-34 year-olds.
  • A probabilidade de estar desempregado desce muito com a educação do trabalhador.
    In 2014, the unemployment rate for 25-64 year olds with below upper secondary was 14.8%, for those with upper secondary was 12.6% and
    was at 8.9% for those with tertiary education.
  • Portugal é dos países onde mais vale a pena estudar em termos de rendimento.
    Portugal has a very high earnings premium for tertiary education. Men and women in Portugal who have attained tertiary education earn, on average, 68% more than those with only upper secondary education.
  • Os professores são uma classe profissional bem paga em Portugal relativamente às outras classes.
    On average pre-primary and primary teachers are paid well above OECD average.
  • Portugal tem dos melhores rácios do número de professores por alunos.
    Student-teacher ratios in Portugal are, on average, smaller than in other OECD countries. There are 13 students per teacher in primary education, compared with an OECD average of 15 and in secondary education the ratio is 9:1, compared with an OECD average of 13:1.

Eurostat:

O Eurostat faz hoje uma fotografia rápida das melhorias na educação na Europa desde 2002 até 2013. Portugal é sempre referido como um dos que mais evoluiu:

 

Das maiores subidas em termos de adultos entre os 30 e os 34 que completaram o ensino superior:

In 2013 , the proportion of those aged 30 to 34 who had completed tertiary education increased compared with 2002 in all Member States. The proportion more than doubled in ten M ember States: Poland (from 14.4% in 2002 to 40. 5 % in 2013), Malta (from 9.3% to 26.0 %), Slovakia (from 10.5% to 26. 9 %) , Romania (from 9.1% to 22. 8 %) , Latvia (from 17.3% to 40.7%), Portugal (from 13.0% to 29.2 %), (...)

 

E a maior descida do número de jovens dos 18 aos 24 com ensino secundário, que não prosseguem os seus estudos ou formação:

In 2013, the proportion of early leavers from education and train ing ( population aged 18 - 24 who had at most lower secondary education and were currently not in further education or training ) decreased compared with 2 005 in all Member States , except Poland and Slovakia . The proportion halved in Portugal (from 38.8% to 19.2%) and Cyprus (from 18.2 % to 9.1%) .

OCDE:

Já vem com uma semana de atraso, mas há tanta coisa boa no PISA sobre Portugal, que vale a pena referir. O PISA é o maior estudo a nível mundial a comparar níveis de ensino entre vários países. São feitos exames de matemática, ciências e leituras a alunos de 15 anos escolhidos aleatoriamente em vários países. O último relatório compara 65 países e centrou-se na matemática.

A primeira coisa que salta à vista do relatório PISA 2013 (com dados de 2012) é quantidade de vezes que Portugal é referido, sempre pela positiva. Por exemplo Portugal é além da Polónia, o único país europeu destacado no relatório pela sua melhoria em todas as categorias num curto espaço de tempo. Portugal, Polónia e Itália são os únicos países que aumentaram o número de alunos com excelentes resultados a matemática, ao mesmo tempo que diminuíam os com maus resultados, de 2003 para 2012 (o relatório foca-se mais na comparação a 9 anos, do que a 3 anos, quando ocorreu o último estudo).

 

Em termos de matemática, os alunos portugueses ficam à frente dos italianos, espanhóis, americanos, russos, suecos, israelitas, etc. Para lá desses valores médios, a percentagem de portugueses com excelentes capacidades a matemática (5 ou 6 numa escala que vai até 6), é maior do que Dinamarca, Noruega, etc.

Dada a imprecisão dos resultados - por apenas comparar uma amostra do total de cada país - o relatório diz que é até possível que os portugueses estejam acima dos noruegueses, luxemburgueses, franceses e ingleses a matemática.

Dado estes resultados não é de espantar que Portugal tenha sido o país europeu que mais subiu a Matemática de 2003 a 2012.

 

Na leitura, os portugueses ficam acima dos islandeses, espanhóis, russos, suecos, israelitas e tantos outros.

 

A melhoria do nível de educação dos alunos portugueses é tão incrível, que o próprio relatório faz um destaque de 3 páginas a documentar esta melhoria. Numa outra ocasião é dito que "Portugal improved their students’ attitudes, dispositions and self-beliefs towards school in general, and towards mathematics in particular, by, for example, reforming their curricula so that they are better aligned with students’ interests and 21st century skills". Isto é baseado em várias perguntas sobre a motivação e o bem-estar dos alunos na escolas, algo onde os portugueses aparecem constantemente nos primeiros lugares.

Ranking Shanghai via Público:

Em 2011 Portugal tinha duas universidades no mais famoso ranking, o ranking realizado pela Universidade Jiao Tong de Shanghai, que avalia a qualidade da investigação feita pelas instituições académicas a nível mundial: Porto e a Clássica de Lisboa estavam entre as 500 melhores do mundo.

Em 2012 entrou também a Universidade Técnica de Lisboa.

No ranking acabado de sair, a Clássica de Lisboa sobe de escalão (ainda antes da fusão com a UTL) e entra também Coimbra.

Por comparação a Grécia tem apenas 2, a Espanha apesar de ser 4,5 vezes maior tem apenas 10.

Eurostat:

O Eurostat publicou um relatório sobre a distribuição do salário bruto consoante várias variáveis, sendo uma delas é o grau de ensino. O que é medido é um número de pessoas que têm um salário baixo* em comparação com os salários praticados no resto do país. Em Portugal apenas 1% das pessoas com educação superior têm salários baixos, contra 25,4% de quem ficou pelo ensino básico. Apenas na Bélgica e no Luxemburgo há menos licenciados com salários baixos. Na média europeia (sempre tomando em conta os diferentes salários médios em cada país) são 5,8% os licenciados com salários baixos.

 

 

 

* salário baixo é definido como estando abaixo de 2/3 da mediana nacional.

Não são os famosos dados do PISA da OCDE, mas têm quase o mesmo peso. A International Association for the Evaluation of Educational Achievement publicou o seu relatório sobre os conhecimentos em Matemática dos alunos de 4º e do 8º ano em 50 países do mundo. Portugal foi dos países que teve uma melhor evolução:

  • Está entre os 9 países que melhoraram em 4 benchmarks diferentes de níveis conhecimentos.
  • Os alunos portugueses ficaram em 15º lugar na Matemática, à frente da Alemanha, Irlanda, Austrália, Suécia, Noruega, Espanha, Rép. Checa, etc.
  • Portugal foi o país que mais subiu desde 1995 (o último ano em Portugal participou) a Matemática.
  • Somos o 18º país com mais excelentes alunos (que alcançaram o benchmark mais alto). E não é só nos crânios que ficámos bem, 97% dos alunos portugueses alcançaram o benchmark mais baixo, havendo apenas 8 países com mais alunos a passar o benchmark mínimo.

Fonte Financial Times via Público,

 

O mais prestigiado ranking das escolas de gestão acabou de ser publicado, e as escolas portuguesas estão de parabéns! Há duas escolas portuguesas nas 40 melhores da Europa. A Católica Lisbon ficou em 33º lugar,  e a Nova de Lisboa em 39º. De sublinhar que este é um ranking global, onde são englobados vários aspectos, juntando avaliações a MBAs e formação de executivos, etc. Ou seja não é um ranking de um detalhe em particular, mas uma avaliação de toda a escola.

 

 

Eurostat

 

Os alunos das escolas pré-primárias e primárias portuguesas tiveram direito a um rácio de apenas 11,3 alunos por professor em 2009. Este foi o quinto melhor valor na Europa, onde a média foi de 14,5. O melhor valor acontece em Malta com 9,4 e o pior no Reino Unido com 19,9.

Portugal teve também das melhores evoluções da penetração das escolas pré-primárias. Em 2000 foram 79%, mas em 2009 eram já 88% as crianças com idade pré-escolar que estavam inscritos em pré-primárias, quando o salto foi de 6pp na média.

Fonte:OCDE

Saiu o relatório anual de 2011 da OCDE sobre a educação nos países desenvolvidos.

Ao contrário do que diz o "senso comum", Portugal é dos países desenvolvidos onde mais vale a pena estudar. Um português com educação ao nível so ensino superior ganha 69% do que a média. Este prémio decorrente da educação superior é de apenas de 53% na média da OCDE.

O "senso comum" também dirá que este é um efeito que só se nota nas gerações mais velhas, e que o caso muda de figura com os jovens. Se é verdade que os jovens (talvez por estarem no início da carreira) beneficiarem menos que a média do ensino superior, o benefício em Portugal é bem mais alto do que na média. Um jovem (25-34 anos) português com ensino superior ganha 59% do que a média dos jovens, enquanto este valor é apenas de 39% na OCDE.

O mesmo se passa no outro extremo do nível educacional, em quem não tem o ensino secundário. Em Portugal ganha menos 32% que a média, enquanto na média dos países desenvolvidos esta penalização é apenas de 23%.

OCDE:

Os resultados do PISA - o maior estudo a nível mundial sobre educação - já saíram há dias, mas não podia deixar de falar neles.

Apesar de ser um estudo internacional, apesar de ser coordenado pela OCDE e sem qualquer interferência dos governos, apesar do teste ser o mesmo em todos os países, apesar de os alunos analisados terem sido escolhidos aleatoriamente, etc. apesar disto tudo não deixa de ser impressionante o burburinho que os excelentes resultados obtidos por Portugal têm causado. É óptimo termos uma opinião pública que olhe todas as notícias com cepticismo, o que é triste é não haver nem um milésimo deste cepticismo quando as notícias são más. Aquando dos penúltimos dados do PISA, nada disto aconteceu.

Para resumir os bons resultados, deixo três ideias.

 

Leitura: Portugal foi o terceiro país da OCDE, ou seja entre 34, que mais melhorou os resultados entre 2006 e 2009.

Matemática: 4º em 34 que mais melhorou

Ciências: 2º entre 34 que mais melhorou