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fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

OCDE:

A OCDE publicou um relatório sobre os dados sobre a evolução das desigualdades durante a crise (infelizmente os últimos números são ainda de 2011). Há vários casos em que Portugal se destaca para melhor, especialmente quando comparado com os outros países periféricos, mas eu destaco este gráfico que mostra a variação do rendimento das famílias mais ricas (top 10%) e das mais pobres (10% mais baixo).

Em Portugal as famílias ricas (o triângulo) sofreu uma quebra maior do que as famílias pobres (o ponto). Compare-se com Grécia, Espanha, Itália e Irlanda onde aconteceu exactamente o oposto.

Fonte OCDE

 

No estudo Divided We Stand: Why Inequality Keeps Rising, a OCDE apresent vários dados preocupantes sobre o crescimento da desigualdade nos países desenvolvidos nas últimas duas décadas. Mas há um país que salta à vista logo na primeira tabela do resumo do estudo:

 

 

 

Em Portugal os 10% mais pobres viram o seu rendimento aumentar 3,6%, um valor bem acima da média (1,3%) e apenas ultrapassado pela Espanha. Do outro extremo do espectro, os 10% mais ricos viram o seu rendimento aumentar apenas 1,1%.

Ou seja, houve uma diferença de 2,5pp entre o enriquecimento dos pobres e dos ricos, enquanto a média via a desigualdade a crescer com 0,6pp. Foram poucos os países onde os pobres também tiveram melhor sorte que os ricos, como em Portugal, mas nenhum se aproxima aos 2,5pp. O segundo melhor foi a Grécia, com 1,6pp.

INE:

O INE divulgou vários dados da situação social em 2008, ano em que se fez sentir a crise internacional em força, comparando-a com 2003.

Aqueles resultados revelam uma tendência de redução da taxa de risco de pobreza monetária entre 2003 e 2008, de 20,4% para 17,9%, destacando-se a diminuição de 8,9 pontos percentuais (p.p.) no risco de pobrezapara a população idosa.

Os resultados apurados apontam ainda para a redução progressiva da desigualdade na distribuição dos rendimentos familiares naquele período, observando-se uma quebra de cerca de 10% na distância entre os rendimentos auferidos pelos 20% da população com maiores rendimentos e os 20% da população com menores rendimentos. Passou de 7,0 para 6,0 em 4 anos.

 

Entre 2003 e 2008 houve um aumento do rendimento monetário disponível que foi totalmente assimétrico. Os 10% mais pobres tiveram um aumento de 6,1%, enquanto os 10% mais ricos apenas 2,3%. Os dados para a restante 80% da população mostra o mesmo: os pobres enriqueceram mais que os ricos.

O coeficiente de Gini (mede a desigualdade) cai pelo 4º ano consecutivo, de 38,1% para 35,4%.

O risco de pobreza caiu 20,4% para 17,9%, nos idosos de 28,9% para 20,1%.

Evidencia-se a redução da taxa de privação material da população idosa em 6,6 p.p., a qual passou de31,3% em 2004 para 24,7% em 2009.