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fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

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Fonta: Eurostat

No dia em que se soube que o endividamento do Estado caiu a pique, o Eurostat publica dados* sobre o endividamento das famílias europeias. Ora, o endividamento das famílias portuguesas está abaixo tanto da média europeia como da Zona Euro, isto em percentagem do PIB (tendo em conta portanto o diferente nível de riqueza criado). Os dados absolutos, em euros, mostrariam uma situação ainda melhor das famílias portuguesas.

Aliás, há outro dado interessante. Se olharmos para o endividamento líquido, subtraindo a riqueza da família do valor da dívida (o que dá uma melhor ideia do peso que a dívida tem nas finanças pessoais), as famílias portuguesas ficam bem melhor que a média.

 

*Os dados referem-se a 2016, o último ano disponível

Eurostat:

 

O Eurostat apresentou dados sobre as famílias sobre-endividadas, ou seja famílias cujas dívidas excedem o seu rendimento mensal. Ao contrário do que diz o tristemente famoso senso-comum, as famílias portuguesas são das menos endividadas da Europa. Se olharmos para as famílias pobres (abaixo do risco de pobreza) então as portuguesas são aquelas em melhor situação de toda a Zona Euro, e as terceiras melhores na UE.

Há muitas outras medidas apresentadas, e Portugal fica sempre nas melhores posições.

Dívidas no cartão de crédito acima do rendimento mensal, 0,1% em Portugal contra uma média de 1,4% na UE.

Dívidas nas contas não domésticas, acima do rendimento, 0,1% contra 0,4%.

Dívidas nas contas da casa, 0,2% contra 0,5%.

Saldo negativo acima do rendimento mensal, na conta bancário, 0,5% contra 2,2%.

 

E para não se pensar que este último dado vem do facto de haver menos pessoas com conta bancária, o relatório mostra o número de pessoas com conta. Ficamos a saber que este número em Portugal está bem acima da média europeia, 95,4 dos portugueses tem conta no banco, contra 88,4% na UE.