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fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

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Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

Eurobarómetro 502 (junho 2020)

Portugueses, ACHAM que o vosso país é corrupto? Somos os quartos na UE28 a ter mais a certeza que sim.
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Portugueses, indo aos FACTOS, pessoalmente conhecem algum caso de suborno? Somos os segundos na UE28 a conhecer menos casos concretos.

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Comissão Europeia:

 

Já um pouco atrasado, numa leitura rápida das conclusões do relatório da Comissão Europeia, salta à vista este parágrafo:

 

More than three quarters of European citizens, and a full 90 percent of the Portuguese, agree that corruption is widespread in their home country. Portugal scores better than the EU average, however, when citizens are asked whether they have direct experience of corruption – fewer than one percent of the Portuguese say that they have been asked or expected to pay a bribe in the past year, while the European average is 4 percent.

 

Resumindo, de acordo com os dados do achismo nacional o país está mergulhado em corrupção. Mas quando se pergunta às pessoas sobre dados reais, Portugal está quatro vezes melhor que a média europeia.

 

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Transparency International:

O Índice de Percepção da Corrupção, realizado pela Transparency International, é o indicador mais famoso do nível de corrupção a nível mundial. Como a instituição faz questão de repetir, o índice não se baseia em números oficiais, como julgamentos, investigações ou número de denúncias feitas. É sim baseado em questionários feitos aos cidadãos sobre a sua experiência da sua relação com o sector público.

Nos dados acabados de sair, e a nível mundial, Portugal continua muito bem classificado, ficando em 33º entre os 177 países analisados. O relatório divide então os países em várias classes de corrupção, colocando Portugal no mesmo grupo que a Áustria e Israel, um degrau acima de Espanha, Eslovénia, Malta, Coreia do Sul e Hungria, dois degraus acima da República Checa, Itália e Grécia, e apenas um degrau abaixo de Alemanha, Islândia, Reino Unido, Japão, EUA e França.

Há 14 países da UE atrás de Portugal no ranking (mais um que o ano passado), fazendo com que Portugal entre agora na metade com menos corrupção na União Europeia.

Fonte Transparency International:

Os estudos onde constam dados da percepção das pessoas sobre a realidade, confrontando-os depois com números factuais, são dos mais importantes para perceber a psique nacional. Os estudos da Transparency International são um bom exemplo. No seu relatório anual sobre corrupção nos poderes públicos, é perguntado às pessoas se pagaram algum suborno recentemente em oito tipos diferentes de serviços públicos (justiça, polícia, saúde, etc.).

Em Portugal a percentagem de pessoas que responde afirmativamente é das mais baixas do mundo, apenas 3% pagou um suborno na sua relação com os poderes públicos. Esta valor coincide com o do Canadá, Coreia, Noruega, e é melhor que o da Bélgica, Itália, Suiça, Reino Unido e Estados Unidos (nem todos os países estão incluídos). E para se ter uma noção de como os nossos valores se comparam com outros países que o "achismo" acha semelhante a nós, em Chipre é 19%, na Grécia 22%.

E apesar do número português ser exactamente o mesmo do último estudo, isso não inibe o "achismo" nacional de nos atirar para os poucos países onde teria acontecido uma calamidade recente em termos de corrupção como é destacado nas primeiras páginas:

In Algeria, Lebanon, Portugal, Tunisia, Vanuatu and Zimbabwe, people indicate that corruption has gotten much worse, with three out of four indicating an increase in corruption.

 

Adenda: o Vai e Vem destaca o mesmo neste post.

Fonte Transparency International via The Economist:

 

A propósito do último Barómetro Global de Corrupção, a imprensa destaca a percepção que os portugueses têm sobre a evolução da corrupção. A fiabilidade que eu atribuo aos resultados dos inquéritos sobre a percepção dos portugueses, como indicador da realidade, é nula como mostrei aqui e aqui.

Pego assim no único indicador do relatório, onde não se pergunta pela percepção mas pela realidade: pagou algum suborno nos últimos 12 meses? 25% das pessoas no mundo responderam afirmativamente, com destaque para a África sub-saariana onde 56% disseram que sim. Na UE este valor foi mais baixo, 5%. Em Portugal apenas 3% responderam que sim. Ficamos assim claramente abaixo da Áustria com 9%, França, 7%, Grécia 18%, Itália 13%, Espanha 5%, Canadá 4%, EUA 5%, Turquia 33%, Chile 21%, Japão 9%, etc.


O relatório da Transparency International é o mais respeitado a nível mundial na medida da corrupção em cada país.

O relatório de 2010 acabou de sair, e Portugal sobe 3 lugares no ranking. É agora o 32º menos corrupto no mundo, entre 178 países analisados.

Numa escala que vai de 0 a 10, Portugal tem 6,0 ficando semelhante a  Espanha (6,1) e Israel (6,1) e bastante à frente de Itália (3,9), Grécia (3,5), Hungria (4,7),  Républica Checa (4,6), Eslováquia (4,3), Coreia do Sul (5,4), Argentina (2,9), etc.

Apesar de ser visto como um país corrupto, a realidade é que Portugal se mantém há largos anos bem longe do fundo da tabela da corrupção percepcionada nos países da UE. Este ano voltou a ficar em 16º, mas com uma pontuação que o coloca bem longe do fundo da tabela onde se encontra a Grécia e a Roménia.

Numa escala de 0 a 10, a Dinamarca tem 9,3, a Espanha 6,1, Portugal 5,8, a Itália 4,3 e a Grécia e a Roménia têm 3,8.