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fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

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Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

Há uma semana, uma notícia aparecia em vários sítios: Portugueses gastam menos neste Natal. E não era uma reduçãozita qualquer, a redução era de 22,7% face a 2009! Os títulos escondiam que não estava em causa uma previsão de algum instituto, mas um inquérito aos consumidores.

Como sempre, as respostas que os portugueses dão nestes inquéritos têm zero de credibilidade. Basta ver a notícia que aparece uma semana depois: Compras por Multibanco cresceram 14,6% na semana do Natal. Os levantamentos nas caixas multibanco subiram 9,6 por cento. E embora não haja dados sobre compras online, custa a acreditar que o valor baixasse.

 

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Nem é preciso abrir o relatório e ver o que há de bom, basta um copy paste da página do INE:

 

1. Clima Económico: Em Portugal, o indicador de clima económico, disponível até Maio, aumentou nos últimos três meses, retomando o perfil ascendente iniciado em Maio de 2009. O indicador de actividade económica recuperou em Abril, mantendo o movimento ascendente observado desde Agosto.

2. Consumo: O indicador de consumo privado voltou a aumentar em Abril, atingindo o valor mais elevado desde Março de 2000, em resultado do contributo positivo de ambas as componentes, consumo corrente e consumo duradouro.

3. Investimento: No mesmo mês, o indicador de FBCF recuperou, reflectindo sobretudo a evolução da componente de material de transporte.

4. Exportações continuam a crescer bem acima das importações: Relativamente ao comércio internacional de bens, em Abril as importações e as exportações registaram crescimentos homólogos nominais expressivos, passando de taxas de 7,8% e 14,2%, em Março, para 12,9% e 18,4%, respectivamente.

Embora o PIB não seja uma medida de bem-estar, muitas vezes ele é tomado como tal. O Eurostat tem uma medida, que embora não seja também de bem-estar, estará mais perto disso: Actual Individual Consumption (AIC).

Uma desvantagem do PIB quando falamos de bem-estar é contabilizar produção que não reverte para os cidadãos, como os lucros de uma empresa estrangeira a funcionar em Portugal, gastos do Estado que não revertem para os cidadãos etc.

Se pegarmos então num estudo recente do Eurostat, onde consta a medida do (AIC) que engloba consumo de todos os bens e serviços, inclusivé serviços prestados pelo Estado como cuidados de saúde, Portugal salta 3 lugares no ranking europeu ficando em 16º a nível europeu. Enquanto o PIB per capita é 76% da média, o AIC é 82% da média. De notar ainda que o AIC subiu no último ano de 80 para 82%.

O Eurostat reviu e publicou com mais detalhe as contas do PIB para o segundo trimestre.

Portugal teve um aumento do PIB no 2º trimestre (em relação ao anterior) enquanto o da UE27 desceu.

O consumo das famílias subiu, enquanto a média europeia desceu.

O consumo público (despesas do governo) desceu, enquanto a média subiu.

O investimento manteve-se praticamente estável em Portugal (-0,2%) enquanto caiu na UE27 -2,3%.

As exportações portuguesas subiram, enquanto a média europeia descia.

As importações portuguesas desceram ligeiramente mais que a média europeia.