Deveria estar a fazer manchetes, mas não está. O indicador de confiança dos consumidores do INE saiu há pouco, e revela um resultado surpreendente:
O indicador de confiança dos Consumidores aumentou em novembro, atingindo o valor mais elevado desde maio de 2002 e prolongando a acentuada tendência ascendente observada desde o início de 2013.
O INE destaca ainda:
A recuperação do indicador de confiança dos Consumidores 1 no último mês deveu-se ao contributo positivo de todas as componentes, sobretudo das expetativas sobre a evolução da situação económica do país.
As outras componentes ascedentes a que se refere o INE, são indicadores como expectativas sobre a situação financeira da família, desemprego, poupança, etc.
Depois de ter batido no fundo no início do ano, a confiança dos consumidores portugueses não para de subir. É preciso recuar até outubro de 2010 para encontrar um mês onde os portugueses estivessem mais optimistas do que em novembro de 2013. Segundo o INE isto deve-se acima de tudo pela esperança na melhoria da evolução do emprego e da situação económica do país.
Mas não são só as pessoas que estão mais optimistas, as empresas também. Também aqui é preciso recuar mais de 2 anos para encontrar um mês com menos confiança. E como sublinha o INE, não se trata de algo esporádico ou localizado:"nos últimos cinco meses observaram-se aumentos dos indicadores de confiança em todos os setores, Indústria Transformadora, Construção e Obras Públicas, Comércio e Serviços."
O indicador de clima económico recuperou ligeiramente entre março e maio (...) No mês de referência, os indicadores de confiança da Indústria Transformadora e dos Serviços aumentaram (...). O indicador de confiança dos Consumidores aumentou entre fevereiro e maio, contrariando o movimento descendente observado desde finais de 2009.
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em 2,608%, em março, diminuindo 0,079 pontos percentuais (p.p.), comparativamente com a taxa observada em fevereiro. A prestação média vencida baixou dois euros, fixando-se em 293 euros. Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro implícita foi 4,425%, menos 0,014 p.p. que no mês precedente, enquanto a prestação média vencida se fixou em 391 euros (menos 4 euros que em fevereiro).
O indicador de clima económico recuperou ligeiramente em março e abril (...) suspendendo o acentuado perfil descendente observado desde outubro de 2010. No mês de referência, os indicadores de confiança da Indústria Transformadora, do Comércio e dos Serviços aumentaram, enquanto o indicador da Construção e Obras Públicas voltou a diminuir. O indicador de confiança dos Consumidores aumentou entre fevereiro e abril, contrariando o movimento negativo observado desde finais de 2009.
O indicador de clima económico recuperou ligeiramente em março (...) suspendendo o acentuado perfil descendente iniciado em outubro de 2010. No mês de referência, os indicadores de confiança da Indústria Transformadora e do Comércio aumentara (...). O indicador de confiança dos Consumidores recuperou nos últimos dois meses, contrariando o movimento negativo observado desde finais de 2009.
O indicador de clima económico estabilizou nos últimos três meses no valor mais elevado desde Setembro de 2008 (...). Em Setembro observou-se uma recuperação dos indicadores de confiança da Indústria Transformadora e dos Serviços (...).
Nos últimos dois meses, a recuperação do indicador de confiança dos Consumidores resultou do contributo positivo de todas as componentes, mais significativo no caso das expectativas sobre a evolução da situação económica do país.
O indicador de confiança da Indústria Transformadora voltou a aumentar no mês de referência, prolongando a acentuada trajectória ascendente iniciada em Março de 2009 e registando o valor mais elevado desde Setembro de 2008.
Em Agosto, a recuperação do indicador de confiança dos Consumidores resultou do contributo positivo de todas as componentes, mais expressivo no caso das expectativas sobre a evolução da situação económica do país.
O indicador de clima económico estabilizou (...) no valor mais elevado desde Setembro de 2008.
1. O indicador de clima económico aumentou em Março, graças aos indicadores de confiança relativos à Indústria Transformadora, ao Comércio e aos Serviços. No comércio, a confiança está no ponto mais alto dos últimos dois anos. A confiança dos consumidores, embora tenha baixado, continua mais alta do estava há dois anos, ou seja antes do período mais forte da crise internacional.
2. O volume no comércio a retalho continuou a subir em Fevereiro. Destaque para as remunerações no comércio que subiram 2,7%.
3.Produção industria acelera em Fevereiro. Depois de o índice de P.I. ter crescido (crescimento homólogo) 1,4% em Janeiro, cresceu ainda mais em Fevereiro: 2,6%.
O INE dá especial destaque à confiança dos consumidores onde diz que a subida foi intensa nos últimos dois meses. A apreciação da situação financeira dos agregados familiares está no valor mais alto dos últimos dois anos.
No clima económico, só houve um sector onde os indicadores de confiança não subiram.
A confiança dos consumidores portugueses emJjulho não estava tão alta há 2 anos. O mesmo se aplica à apreciação da situação financeira da família.
A confiança subiu em todos os sectores económicos excepto um. Na indústria transformadora os indicadores de produção actual, procura global, procura interna, procura externa e de produção prevista sobem há vários meses consecutivos. O mesmo se aplica a todos os indicadores do comércio (confiança, vendas, actividade prevista, etc.).