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fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

INE:

Depois de ter batido no fundo no início do ano, a confiança dos consumidores portugueses não para de subir. É preciso recuar até outubro de 2010 para encontrar um mês onde os portugueses estivessem mais optimistas do que em novembro de 2013. Segundo o INE isto deve-se acima de tudo pela esperança na melhoria da evolução do emprego e da situação económica do país.

Mas não são só as pessoas que estão mais optimistas, as empresas também. Também aqui é preciso recuar mais de 2 anos para encontrar um mês com menos confiança. E como sublinha o INE,  não se trata de algo esporádico ou localizado:"nos últimos cinco meses observaram-se aumentos dos indicadores de confiança em todos os setores, Indústria Transformadora, Construção e Obras Públicas, Comércio e Serviços."


Eurostat:

É preciso recuar ao 2º trimestre de 2006 para encontrar um crescimento do número de empregos maior do que aconteceu no 3º trimestre deste ano: foram mais 48 mil pessoas empregadas. E faço questão de sublinhar o emprego (em vez do desemprego), porque uma descida do desemprego pode esconder pessoas que emigraram ou desistiram de procurar emprego. Não há volta a dar: foi uma notícia excelente que o INE nos trouxe.

Olhando para a taxa de desemprego, as notícias são igualmente boas de várias perspetivas.  É preciso recuar até outro 2º trimestre, mas de 1998, para ver uma descida maior de desemprego num trimestre. Foram menos -0,8 pontos percentuais, de 16,4% para 15,6%, a variação da percentagem de desemprego. Tal descida fez com que a queda do desemprego fosse também a nível homólogo, ou seja comparando com há um ano atrás, o que já não acontecia desde há anos, sinalizando uma clara viragem no mercado de trabalho em Portugal.

 

 

Já ouvi por aí dizer que este resultado se deverá à sazonalidade. Já referi que dois recordes positivos que aconteceram no 2º, e não no 3º trimestre. Olhando por exemplo para 2010 e 2009 vemos que o 3º trimestre foi o pior de todos em termos de emprego, e mais não é preciso dizer.

Eurostat (1) (2)

Os relatórios já têm mais de uma semana, mas só agora os consultei.

Com 28 países, a probabilidade de Portugal ter um sector com o crescimento mais forte em toda a UE é baixa. Ter dois sectores no primeiro lugar no mesmo mês, é como acertar nos resultados duma jornada do campeonato. Mas aconteceu em Agosto último. Aqui ficam os destaques deixados pelo Eurostat:

 

Among the Member States for which data are available for August 2013, production in construction rose in seven and fell in eight . The highest increases were observed in Portugal (+10.8%), Sweden (+4.8%), Hungary (+4.0%) and Italy (+3.4%) , and t he largest decreases in the Czech Republic ( - 3.6 %), Slovenia ( - 2.8 %) , Germany ( - 1.9 %) and Poland ( - 1.6 %)

 

Among the Member States for which data are available, industrial production rose in thirteen and fell in ten . T he highest increases were registered in Portugal (+ 8.2 %), Malta (+ 7.2 %) and the Czech Republic (+4.7%) , and t he largest decreases in Eston ia ( - 3.5 %), Sweden ( - 2.8 %) and Latvia ( - 2.0 %) .

Eurostat:

Dificilmente as estimativas para o desemprego poderiam ser melhores. Enquanto a Zona Euro continua a piorar, Portugal continua numa rota de descida. De Agosto para Setembro o desemprego baiou de 16,5% para 16,3%. Esta descida é significativa ao ponto de Portugal ter tido em Setembro passado uma taxa de desemprego inferior à do mês homólogo de 2012 - algo que não acontecia há muito.

E Portugal é dos poucos países a consegur uma descida anual: por cá houve uma descida de 0,1 pontos percentuais, mas na Zona Euro no seu todo houve uma subida de 0,6pp. Espanha subiu 0,8pp, Grécia subia 2,6pp até Julho, a Itália subia 1,6pp, Chipre tinha mais 4,4pp, etc.