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fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

Eurostat:

O desemprego está estável na Zona Euro há vários meses. O mesmo se passa em Itália e Irlanda. Espanha teve uma ligeira queda, Chipre uma forte subida, Grécia ainda não tem dados. Mas Portugal salta à vista pela redução que aconteceu em apenas dois meses: de 17,8% desceu para 17,4%. Para os países que há dados, apenas a Letónia tem um comportamento melhor, com uma queda de 0,5 pontos percentuais.

Como dá para perceber do comportamento dos outros países, o bom desempenho de Portugal não é devido ao Verão - Espanha, Itália e Chipre têm ainda mais turismo e não tiveram as mesmas boas notícias. E isso é uma consequência dos métodos do Eurostat: os dados apresentados são corrigidos para efeitos de sazonalidade. Em português, estes valores já descontam a subida e descida do desemprego consoante a época do ano.

Eurostat:

Enquanto a produção industrial caia 0,6% na Europa, Portugal deu um enorme pulo de 6,1% em Maio. Com este valor, Portugal ficou bem longe do segundo, a Letónia, que apenas cresceu 2,2%.

Este sinal positivo não é apenas uma questão momentânea. Quando faz a comparação com 2012, Portugal continua nos lugares da frente. Apenas a Lituânia e a Estónia tiveram uma variação anual superior à portuguesa, que foi de +4,5% contra a média europeia de -1,6%. Maio é assim o quinto mês consecutivo em que o crescimento anual da produção industrial em Portugal é superior à média europeia.

Irlanda, Itália e Grécia estiveram em maio abaixo da média, Espanha na média da zona Euro.

Fonte Transparency International:

Os estudos onde constam dados da percepção das pessoas sobre a realidade, confrontando-os depois com números factuais, são dos mais importantes para perceber a psique nacional. Os estudos da Transparency International são um bom exemplo. No seu relatório anual sobre corrupção nos poderes públicos, é perguntado às pessoas se pagaram algum suborno recentemente em oito tipos diferentes de serviços públicos (justiça, polícia, saúde, etc.).

Em Portugal a percentagem de pessoas que responde afirmativamente é das mais baixas do mundo, apenas 3% pagou um suborno na sua relação com os poderes públicos. Esta valor coincide com o do Canadá, Coreia, Noruega, e é melhor que o da Bélgica, Itália, Suiça, Reino Unido e Estados Unidos (nem todos os países estão incluídos). E para se ter uma noção de como os nossos valores se comparam com outros países que o "achismo" acha semelhante a nós, em Chipre é 19%, na Grécia 22%.

E apesar do número português ser exactamente o mesmo do último estudo, isso não inibe o "achismo" nacional de nos atirar para os poucos países onde teria acontecido uma calamidade recente em termos de corrupção como é destacado nas primeiras páginas:

In Algeria, Lebanon, Portugal, Tunisia, Vanuatu and Zimbabwe, people indicate that corruption has gotten much worse, with three out of four indicating an increase in corruption.

 

Adenda: o Vai e Vem destaca o mesmo neste post.