Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

fado positivo

Porque não estamos condenados a ver sempre o copo meio-vazio, aqui só se destaca o copo meio-cheio

Eurostat:

As novas encomendas à indústria caíram pelo segundo mês consecutivo na Zona Euro. Foram menos 2,1% em Julho ao mês anterior, e também menos 0,8% na UE no seu todo. Portugal tem o terceiro mês consecutivo de subida, com +1,8%.

A diferença aumenta quando se compara com Julho de 2010. Portugal tem o segundo maior crescimento de toda a Zona Euro, com mais 19,6%, bem acima dos 11,4% que foram a média.

 

 

Parabéns ao Público, por não ter tido vergonha em repetir o destaque positivo que o Eurostat dá a Portugal na introdução do relatório.

Fonte:OCDE

Saiu o relatório anual de 2011 da OCDE sobre a educação nos países desenvolvidos.

Ao contrário do que diz o "senso comum", Portugal é dos países desenvolvidos onde mais vale a pena estudar. Um português com educação ao nível so ensino superior ganha 69% do que a média. Este prémio decorrente da educação superior é de apenas de 53% na média da OCDE.

O "senso comum" também dirá que este é um efeito que só se nota nas gerações mais velhas, e que o caso muda de figura com os jovens. Se é verdade que os jovens (talvez por estarem no início da carreira) beneficiarem menos que a média do ensino superior, o benefício em Portugal é bem mais alto do que na média. Um jovem (25-34 anos) português com ensino superior ganha 59% do que a média dos jovens, enquanto este valor é apenas de 39% na OCDE.

O mesmo se passa no outro extremo do nível educacional, em quem não tem o ensino secundário. Em Portugal ganha menos 32% que a média, enquanto na média dos países desenvolvidos esta penalização é apenas de 23%.

INE:

 

O comércio internacional continua a ser uma fonte inesgotável de boas notícias. Mais uma vez (já deve ir em mais de 30 meses consecutivos) temos as exportações a crescerem mais que as importações, isto no período fr Maio a Julho face ao ano anterior. As exportações cresceram 14,9% e as importações 0,2%.

Isto implica um desagravamento fortíssimo do défice da balança comercial, de 5280 passámos para 3880 milhões de euros. A taxa de cobertura subiu assim para os 73,9%, algo que já não acontecia há larguíssimos anos.

Se olharmos só para países extracomunitários, e descontarmos os combustíveis (lembremo-nos que Portugal até exporta bastante em produtos derivados do petróleo), a taxa de cobertura é já de 115%.

 

Mais uma vez, e apesar das excelentes notícias, bem podemos ler a imprensa online com atenção que nada encontraremos.

INE:

Em Julho de 2011, as novas encomendas recebidas pelas empresas industriais apresentaram uma variação homóloga  nominal de 17,6% (14,5% no mês precedente). Este comportamento foi determinado pela aceleração ocorrida no índice do mercado nacional, cujas encomendas aumentaram 17,1% em Julho (8,1% no mês anterior), em resultado sobretudo do comportamento do agrupamento de bens de investimento. As encomendas recebidas do mercado externo registaram uma variação de 18,0% (20,0% em Junho).

Eurostat:

O PIB português contrariou o forte abrandamento que se deu na economia europeia no segundo trimestre de 2011 face ao primeiro. Enquanto a Zona Euro travava 0,6 pontos percentuais, e a UE27 travava 0,5pp, Portugal teve uma variação do PIB que foi 0,6pp acima da anterior. Esta aceleração foi a terceira maior na UE, apenas ultrapassada pela Dinamarca e a Letónia.

Eurostat:

O Eurostat destaca Portugal como tendo sido o país com maior crescimento no comércio:

 

Among the Member States for which data are available, total retail trade grew in ten, fell in nine and remained stable in Germany and Spain. The largest increases were observed in Portugal (+2.5%), Romania (+2.2%) and Latvia (+1.8%), and the highest decreases in Malta (-3.4%), Finland (-1.9%) and Denmark (-1.7%).

 

E o que faz a imprensa? Salta uns parágrafos no relatório, pega na média anual, e consegue transformar isto numa má notícia.